A Binho Galinha, deputado estadual que virou notícia nacional, teve sua prisão preventiva decretada ainda em agosto – mas só agora a operação foi deflagrada. Você sabia que a justiça já considerava que ele comandava uma organização criminosa há anos?
A decisão judicial de agosto que autorizou as prisões
A prisão preventiva do deputado Binho Galinha foi autorizada ainda em agosto deste ano. A decisão judicial veio de um juiz da 1ª Vara Criminal de Salvador. Ele considerou que havia provas suficientes para a prisão.
Por que a prisão só aconteceu agora?
A operação policial que prendeu o deputado foi planejada por meses. As investigações continuaram mesmo após a decisão judicial. A polícia precisava reunir mais provas antes de agir.
O juiz afirmou que Binho Galinha comandava uma organização criminosa há anos. A quadrilha atuava no jogo do bicho e na lavagem de dinheiro. As atividades ilegais aconteciam em várias cidades da Bahia.
O que a decisão judicial determinou
Além da prisão preventiva, o juiz autorizou buscas em vários endereços. Foram bloqueados bens no valor de R$ 1 milhão. A medida visava impedir que o dinheiro fosse escondido.
Nove outras pessoas também foram alvo da operação. Todas eram investigadas por participação no mesmo esquema. A organização criminosa tinha uma estrutura bem definida.
A decisão de agosto mostra que a justiça já tinha fortes indícios. As investigações começaram muito antes da prisão. A demora na ação policial foi estratégica.
Os crimes investigados: jogo do bicho, lavagem e organização criminosa
O deputado Binho Galinha foi investigado por três crimes principais. O primeiro deles foi o jogo do bicho, uma atividade ilegal no Brasil. A organização dele atuava nesse ramo há muitos anos.
Como funcionava o esquema do jogo do bicho
O grupo controlava pontos de apostas em várias cidades baianas. Eles ofereciam números para os apostadores escolherem. As apostas eram feitas de forma clandestina e ilegal.
O segundo crime investigado foi a lavagem de dinheiro. O dinheiro do jogo do bicho era escondido através de empresas. Essas empresas serviam para dar aparência legal ao dinheiro ilegal.
A organização criminosa estruturada
O terceiro crime foi a formação de organização criminosa. O grupo tinha hierarquia e divisão de tarefas. Cada membro tinha uma função específica no esquema.
A quadrilha funcionava como uma empresa ilegal. Havia pessoas responsáveis por diferentes áreas. Alguns cuidavam das apostas, outros do dinheiro.
As investigações mostraram que o esquema era bem organizado. Eles tinham métodos para evitar serem descobertos. Mas a polícia conseguiu reunir provas suficientes.
Os três crimes estavam interligados no mesmo esquema. O jogo do bicho gerava o dinheiro ilegal. A lavagem escondia esse dinheiro. E a organização mantinha tudo funcionando.
A questão da imunidade parlamentar e como foi contornada
Como deputado estadual, Binho Galinha tinha imunidade parlamentar. Essa proteção impede a prisão de políticos em exercício. Mas a justiça encontrou uma forma de contornar isso.
O que é imunidade parlamentar
A imunidade protege deputados e senadores durante o mandato. Eles não podem ser presos por crimes comuns. A exceção são crimes inafiançáveis ou flagrantes.
No caso de Binho Galinha, os crimes eram considerados graves. A organização criminosa era vista como perigosa. Isso permitiu que a justiça agisse.
Como a imunidade foi quebrada
A prisão preventiva foi decretada em agosto. Mas a operação só aconteceu agora. A polícia esperou o momento certo para agir.
O juiz considerou que havia risco de fuga. Também havia risco de destruição de provas. Esses fatores justificaram a prisão.
A imunidade não protege em casos de crimes organizados. Quando há organização criminosa, a regra muda. A justiça pode prender mesmo deputados.
O esquema de Binho Galinha era considerado uma ameaça. Por isso, a imunidade não impediu sua prisão. A gravidade dos crimes falou mais alto.
Os outros nove investigados e suas funções no esquema
Além de Binho Galinha, outras nove pessoas foram investigadas. Todas faziam parte da mesma organização criminosa. Cada uma tinha uma função específica no esquema.
As diferentes funções no esquema
Havia pessoas responsáveis pelas apostas do jogo do bicho. Elas cuidavam dos pontos de venda ilegais. Também recolhiam o dinheiro das apostas.
Outros membros cuidavam da lavagem de dinheiro. Eles usavam empresas para esconder o dinheiro ilegal. Essas empresas pareciam legítimas, mas não eram.
Alguns investigados eram responsáveis pela segurança do grupo. Eles protegiam os pontos de apostas contra rivais. Também intimidavam pessoas que poderiam denunciar.
A hierarquia da organização
O esquema funcionava como uma empresa ilegal. Binho Galinha era o chefe da organização. Abaixo dele havia coordenadores de áreas.
Cada coordenador supervisionava um grupo de pessoas. Havia divisão por cidades e regiões. A estrutura era bem organizada e eficiente.
Os nove investigados ocupavam cargos importantes. Eles não eram apenas funcionários comuns. Todos tinham responsabilidades específicas.
A polícia identificou cada função no esquema. As investigações mostraram como cada um agia. A organização era complexa e bem estruturada.
As medidas cautelares e bloqueio de bens de R$ 1 milhão
Além da prisão de Binho Galinha, a justiça tomou outras medidas importantes. O bloqueio de bens foi uma delas. Foram congelados R$ 1 milhão em patrimônio.
O que são medidas cautelares
Medidas cautelares são ações preventivas da justiça. Elas impedem que suspeitos destruam provas ou fujam. Também bloqueiam dinheiro que pode ser escondido.
No caso de Binho Galinha, o bloqueio foi de R$ 1 milhão. Esse valor representa parte do dinheiro ilegal. A justiça quer garantir que o dinheiro não suma.
Como funciona o bloqueio de bens
O bloqueio impede que os bens sejam vendidos ou transferidos. Contas bancárias ficam travadas. Imóveis e veículos não podem ser negociados.
Os R$ 1 milhão incluem diferentes tipos de patrimônio. Há dinheiro em contas bancárias. Também existem imóveis e outros bens de valor.
A medida é temporária, mas importante. Ela garante que o dinheiro esteja disponível depois. Se houver condenação, os bens podem ser confiscados.
O bloqueio mostra que a justiça leva o caso a sério. É uma forma de combater o crime organizado. O dinheiro do crime não pode ficar com os criminosos.
Fonte: Bahia Notícias