A esposa do prefeito de Cordeiros, na Bahia, teve seu benefício do Bolsa Família cortado após uma revisão cadastral do governo federal. O caso chamou atenção porque ela continuou recebendo o auxílio por oito meses mesmo após o marido assumir a prefeitura.
Detalhes do caso
O prefeito de Cordeiros, Edvaldo Lopes, tem um salário mensal de R$ 15 mil. Sua esposa, cujo nome não foi divulgado, recebia o Bolsa Família mesmo com essa renda familiar elevada. O benefício só foi cortado após o pente fino do Ministério do Desenvolvimento Social.
O que é o pente fino do Bolsa Família?
O pente fino é uma revisão completa dos cadastros dos beneficiários do programa. O governo federal verifica se as famílias ainda atendem aos critérios para receber o auxílio. Essa fiscalização busca garantir que o dinheiro chegue apenas para quem realmente precisa.
No caso específico da esposa do prefeito, ela não deveria mais receber o benefício porque a renda familiar aumentou significativamente. O salário do marido, somado a outros possíveis rendimentos, ultrapassava o limite permitido pelo programa.
Impacto da revisão cadastral
A revisão do Bolsa Família já resultou no corte de mais de 1,2 milhão de beneficiários em todo o país. Essas famílias foram excluídas porque não atendiam mais aos requisitos do programa ou não atualizaram seus dados cadastrais.
O governo afirma que o objetivo é tornar o programa mais eficiente e direcionar os recursos para as famílias em situação de maior vulnerabilidade. A economia gerada com esses cortes pode ser reinvestida em outras políticas sociais.
Como funciona a fiscalização
O Ministério do Desenvolvimento Social cruza informações de diferentes bancos de dados para identificar irregularidades. São verificados dados como renda familiar, situação trabalhista e patrimônio dos beneficiários.
Famílias que têm renda acima do permitido ou que possuem bens de alto valor podem ser excluídas do programa. A atualização cadastral é obrigatória a cada dois anos para manter o benefício.
Casos como o da esposa do prefeito mostram a importância da fiscalização constante. Sem o pente fino, benefícios continuariam sendo pagos para pessoas que não têm mais direito ao auxílio.
Fonte: Bahia Notícias